O Espelho da Alma

Chovia muito, olhava para as pessoas através dos vidros embaçados. Havia muita movimentação. O mundo passava por mim correndo, era como se eu estivesse ficado preso no tempo para sempre.

Nenhuma pessoa é imortal, ou não sabemos ao certo, pois nunca ninguém contou para nós o mistério final da vida. Mas, para mim, naquele instante eu me sentia como se eu fosse realmente imortal. Afinal o tempo não estava parado para as outras pessoas, porém comigo ele estava.

Vazio, solidão, isso se acumulava cada hora que passava. Não sei como isso começou, foi repentino, quando notei percebi que estava afundando em um caminho obscuro e solitário.

Como em um flashback, de repente me vi em um espelho, e via a minha face, agora sim eu posso dizer: não sou imortal, até porque minha alma se fora e agora em seu lugar só restava à escuridão.

Era como se alguém tivesse roubado ela, os momentos, os sentimentos, os dias, meses, anos passados, tudo isso tinha sido apagado da minha memória. Não sei onde estou e nem quem sou, a única coisa que sei é como minha face é através desta janela embaçada.

O que os olhos não podem ver

Os olhos superficiais não vêem o que os olhos da alma conseguem, estes são vendados, são cegos pela cegueira do mundo atual, onde o egocentrismo é lema. Infelizmente muitas pessoas se deixam levar por estes olhos, e esquecem o quanto é mais belo o interior. Onde beleza não conta, mas sim o caráter e a personalidade. Na maioria das vezes julgamos o livro pela capa.

E para você o que importa: o superficial ou a realidade?

A presença do Silêncio - Parte 3

A cada minuto eu olhava o relógio, nem uma notícia, nenhum telefonema, o estresse me possuía. As horas foram passando, assim fazendo com que o pior dia da minha vida chegasse ao fim. Vazio, era o que eu sentia dentro de mim.
Não havia mexido em nada, deixei tudo do jeito que eles deixaram, para o caso de encontrassem pistas do paradeiro dos meus filhos. Neste momento o telefone soa, e a minha esperança retorna, porém dura pouco; pois não passava de um telefonema besta e inútil de um banco, logo após, toca novamente.
Escuto o que queria escutar a 24 horas, era o meu filho mais velho, o John; as lágrimas e soluços me atrapalharam e muito, porém sabia que pelo menos eles estavam vivos. Perguntei para ele se estava tudo bem, qual era o lugar em que eles estavam, e se seu pai estava junto. Infelizmente as perguntas foram respondidas com meras palavras, simples até para uma criança de oito anos, sim, não e sim novamente.
O telefone silenciou. Gritei, mas nada, eles desligaram, tentei ligar para o telefone que haviam me ligado, mas nada, ninguém atendeu. Então o anotei em um papel, e guardei-o no meu bolso, logo em seguida peguei as fotos mais recentes deles, do pai e da amante, que até ontem era uma pessoa que admirava tanto, Carla, nome que não admirava mais.
Chegando à delegacia fui logo seguindo para a sala em que havia estado na última visita, lá eu encontrava a única pessoa em que via a esperança de ter meus filhos novamente em meus braços. Roberto estava ao telefone quando entrei desesperada na sala, logo ele o desligou e me olhou com um olhar de pena.
Falei que eles estavam realmente com o pai e a babá, e que haviam acabado de me ligar de um telefone público. Ele me explicou como aquilo funcionava, e como era demorado, e que muitos dos casos de desaparecimento de crianças não haviam sido ainda solucionados, porém ele iria fazer o possível para me ver com os meus filhos.

Karate Kid

Hoje assisti a essa nova versão do filme Karate Kid, onde é muito mais engraçada, divertida, enfim, é um excelente filme, e é uma ótima escolha para se assistir no cinema.
A superação é o lema do jovem garoto, que insisti até o fim para conseguir ganhar respeito por todos. Seu mestre nada menos que o Jackie Chan o ensina a arte do Kung Fu, onde não é apenas porrada, e sim muita calma, paciência e para o uso apenas da defesa. É um filme muito bom, aconselho a todos, não perca de ver a essa nova versão do filme, este que já foi visto por todos no mundo, mas agora com muitas mais muitas novidades!

Segue para vocês o link com o trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=3wmmg_8OhI0

"The Time of My Life"

A vida passa ligeiramente, e quando percebemos, ela já escorreu pelas nossas mãos. Amigos, amores, tristezas, felicidades; tudo isso serão lembranças quase que apagadas de uma memória tão antiga no futuro.

Não podemos voltar ao passado, à única coisa que podemos fazer é lembrarmos dele, e como um sonho, o mudá-lo, ou simplesmente deslumbrá-lo.

Quando a vida está para terminar, muitas pessoas a valorizam, porém muitas até não conseguem o fazê-lo, pela desgraça do destino, a vida às vezes é roubada delas em meros segundos.

Não vamos repetir estes mesmos erros, vamos fazer diferente, ser a diferença, pois nós temos tempo para ainda mudar o futuro; o passado infelizmente não.

Os erros nos impulsionam para o futuro, mas deveríamos muito mais valorizar os momentos bons em nossos pensamentos do que os erros, pois estes são únicos.

A vida é muito mais o agora do que o passado e o futuro, pois sem o presente, não teríamos passado, pois nesse caso ele o seria, e sem ele não haveria o futuro, tudo se conecta como uma árvore e suas raízes.

A presença do Silêncio - Parte 2

Vingança, algo que nunca esperei sentir, isso soava amargamente em minha mente. Meus olhos estavam inchados de tanto chorar. Infelizmente isso não havia ajudado em nada; tentei dormir, e quando acordei foi o pior, pois lá não estava mais os sons, os cheiros, os momentos de felicidade, nada. Tudo havia sido roubado, retirado de mim como meus amados filhos.

Decidir procurar ajuda, a primeira coisa que fiz foi ligar para os parentes do meu ex-marido, mas eles não ajudaram, pois não tinham notícias dele desde o natal passado; a como foi agradável a doce lembrança daquele dia, onde ainda éramos uma família.

Bem eu estava tão desesperada que não aguentei mais nenhum minuto e corri para a delegacia mais próxima. Quando entrei logo me arrependi, era um lugar obscuro, com pessoas mal-humoradas, enjoadas das vidas destruídas pelos seus atos. Ao meu lado estava uma jovem mulher e aparentemente sua avó que lamentavam por algo. As duas pareciam que estavam na mesma situação que eu.

Logo avistei a única pessoa que aparentemente gostava do que fazia; lá estava ele sorridente e esperançoso. Seu nome era Roberto, era um policial, devia ter uns 50 anos aproximadamente, eu o contei sobre a minha história, ele se comoveu com tudo, porém naquele instante ele não poderia fazer nada, até porque não havia se passado 24 horas desde o desaparecimento, mas ele me aconselhou a ter calma, e que se por ventura às 24 horas passasse era para voltar para a delegacia imediatamente.

Naquele instante me senti como se estivesse presa em um labirinto sem saída, sem volta e que ficaria pressa nele por muito tempo; não sabia eu que isso mudaria logo em breve.

Here I am Again

Bem aqui estou eu novamente, e como o prometido postarei a continuidade da história "A presença do silêncio".